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sexta-feira, 11 de março de 2016

6 RAZÕES BÍBLICAS PELAS QUAIS O INFERNO PODE NÃO EXISTIR.




















O inferno é reproduzido como o lugar onde todas as forças do mal predominam. Quanto mais horríveis elas são, piores são os castigos que nos esperam. No entanto, é comum a crença na existência do lugar, pois essa faz parte da percepção básica das religiões cristãs. Entretanto, alguns dizem que tal castigo eterno é praticamente inviável.
Alguns falam de rios de fogo, túmulos flamejantes, outros afirmam que as almas condenadas ao inferno terão que encarar demônios extremamente ruins, serão condenados a trabalhos forçados eternos e serão transformados em árvores e devoradas. Enfim, não parece um lugar muito agradável, não é mesmo?! E como ninguém gostaria de passar férias no inferno, fomos atrás de argumentos que discordam da existência desse lugar. Confira e conte o que você acha:
6 – A Bíblia mal menciona algo como o inferno

Em Romanos 6:7, na Bíblia, diz: “todo aquele que morreu já foi justificado do pecado”. Ou seja, se a morte é a punição para os pecados, porque haveria de existir um lugar para punir os mortos? Já em Romanos 6:23 diz: “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por intermédio de Cristo Jesus, nosso Senhor”. Através dessa citação é possível observar que Deus não dá a vida eterna para aqueles adeptos do pecado, porém, não cita nenhuma passagem só de ida para as profundezas do inferno.
Continuando as citações, em Tessalonicenses 1:9 diz que “Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação permanente da presença do Senhor e da majestade do seu poder”. Logo, ao invés de fogo e chibatadas, os pecadores serão destruídos por estarem longe da presença de Deus. Em João 3:36 a mesma ideia é novamente descrita: “Quem crê no Filho tem a vida eterna; aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele”. O tal “fogo eterno” é mencionado somente em Judas 1:7, mas apenas no contexto de Sodoma e Gomorra, literalmente destruídas pelo fogo da ira de Deus.
Com isso, surge a questão: Se foi criado um lugar exclusivo para a punição e tormento para os ímpios, por que a Bíblia nunca falou desse lugar detalhadamente? Menções de algo parecido com a visão de “inferno” que temos, são citadas por alto no Livro do Apocalipse e em duas parábolas de Cristo. Mais nada.
5 – Interminável castigo não faz sentido bíblico

Uma dúvida manifestada até mesmo pelos cristãos e muito aceitável, se compararmos a ideia de “Deus” que é descrita na Bíblia, é a questão do castigo eterno. Será que o Deus que é amor, seria capaz de condenar alguém ao sofrimento eterno? Em João 4:8 diz: “Aquele que não ama não conhece Deus, porquanto Deus é amor”. Ou seja, a ideia de condenar Seu filho ao castigo pelo resto da eternidade não parece muito bem viável.
Em Deuteronômio 19:21 fala: “Portanto, não considerarás com piedade esses casos: alma por alma, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé!”. Tal citação parece dar a ideia de igualdade. A ideia de inferno que temos atualmente se torna ainda mais contraditória quando lemos os trechos de Jeremias 7:31, que diz: “Eles construíram o alto de Tofete no vale de Ben-Hinom, a fim de queimarem seus próprios filhos e filhas como holocausto, sacrifício que jamais ordenei e nem sequer pensei em requerer”. Ou seja, se a ideia de queimar Seus filhos nunca passou pela cabeça de Deus, porque Ele permitiria algo como o inferno?
4 – Jesus não inventou parábolas sobre o inferno

A ideia de um inferno de fogo é mencionada algumas vezes na história de Lázaro, em Lucas 16:19-31. A história conta a história de um homem rico que passa a vida toda ignorando um mendigo chamado Lázaro. Porém, os papeis mudam quando Lázaro é levado por anjos para uma existência feliz no seio de Abraão, enquanto o homem rico se vê atormentado em um fogo ardente.

Esse é o episódio mais próximo do conceito de “condenação ao inferno” na Bíblia. Contudo, a Bíblia não especifica se esse acontecimento ocorreu de fato ou se é só uma advertência direta sobre a vida após a morte. As parábolas de Cristo são claramente histórias fictícias destinadas a transmitir uma mensagem.
Contudo, essas parábolas nem sequer foram criadas por Jesus, de fato. Estudiosos há muito identificaram o esboço geral da história de Lázaro (o mendigo recompensado após a morte, enquanto o homem rico é punido) como um conto popular egípcio conhecido de instrutores religiosos judeus, como os fariseus, ao ponto da literatura judaica primitiva conter pelo menos sete versões da narrativa.
No relato de Lucas, Jesus só conta a parábola do homem rico depois que os fariseus zombam de sua parábola original do mordomo infiel, usando uma de suas próprias histórias favoritas para demonstrar a hipocrisia de tais fariseus.
3 – Vários versículos sobre um lugar como o inferno não são conclusivos

Em Apocalipse 20:10-15 diz: “Eles serão atormentados dia e noite pelos séculos dos séculos”. Porém a identidade desse “eles” não é mencionada. Coisas como o Diabo, a Besta e o Falso Profeta, que não são pessoas reais. Em outras palavras, tal referência é um simbolismo.
Existe também nas Escrituras a parábola da ovelha e dos bodes, citada em Mateus. A história narra o episódio em que Jesus aparece para falar em juízo final: “Ide para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos”. A parábola termina com uma aparente referência ao tormento sem fim: “Sendo assim, estes irão para o sofrimento eterno, porém os justos, para a vida eterna”.
Essa passagem é considerada a explicação por trás da descrição popular do inferno. Entretanto, alguns teólogos argumentam que tal interpretação contradiz uma série de outros versículos das Escrituras que detalham o destino dos pecadores no Juízo Final como a destruição através da “segunda morte”.
Se os ímpios são destruídos, eles não podem passar pelo sofrimento eterno. Alguns estudiosos bíblicos dizem que, “enquanto o fogo da punição é descrito como eterno, isso não significa que os ímpios serão punidos por toda a eternidade”. Ou seja, a punição eterna (“aionios kolasis”) dura para sempre, mas a própria punição é a destruição imediata. Logo, nada de inferno.
O termo “kolasis” só aparece somente duas vezes no Novo Testamento, no Velho Testamento em grego usa a palavra para se referir a punição em geral, e a morte como uma forma de punição, sugerindo que “punição eterna” e “morte eterna” são duas traduções válidas.
2 – Alguns aspectos do inferno parecem distintamente não cristão

Uma religião egípcia antiga descrevia uma caverna que continha um “lago de fogo” onde as almas pecadoras eram castigadas por seus atos. Enquanto outra religião da antiga Mesopotâmia também descreviam o “submundo”.Ou seja, a concepção de inferno deriva de outras culturas não-cristãs.
Outra ideia de inferno é feita pelos zoroastristas, dizia que os ímpios seriam julgados após a morte e condenados a punição eterna do submundo, que é descrito como um poço cheio de fogo, fumaça e demônios. As almas são torturadas de acordo com a gravidade de seus pecados em vida, e tal tortura é feita pelo “grande espírito do mal”, descrito como Angra Mainyu.
O intrigante é que esses detalhes não foram baseados na Bíblia. O inferno zoroastrista é composto por demônio e governado por um ser diabólico, enquanto o Diabo cristão e seus seguidores não têm nenhum papel na vida após a morte e são o único grupo claramente destinado a punição em “Tártaro”.
1 – O inferno é simplesmente uma tática de intimidação

Embora muitos religiosos discordem, não há como negar que a ideia de inferno tem sido usada como um modo de intimidação e pressão para manter os fieis “longe dos pecados” e dentro da igreja. Até porque, se não existisse inferno as pessoas não procurariam a igreja. E isso envolve toda uma questão complexa que gira em torno de disciplinas e dízimos.
Até figuras icônicas como a Rainha Maria I da Inglaterra já usaram a justificativa do inferno para a condenação de protestantes. Os mesmos poderiam ser queimados enquanto vivos, já que suas almas já estavam condenadas ao fogo eterno.
Mesmo na atualidade o discussão “creia ou queime no inferno” é bastante comum, incluindo gritos de agonia, ranger de dentes, odor de enxofre e caldeirões de fogo. Ou seja, a ideia da condenação eterna meche com o subconsciente dos fiéis, despertando o medo.
Para finalizar a hipóteses que vão contra o inferno, citemos mais uma vez à parábola do homem rico e Lázaro, frequentemente usada como “prova bíblica” da existência do inferno. Muitos poderiam dizer que, na verdade, ela carrega a mensagem oposta. No fim da parábola, Abraão não concorda em enviar Lázaro de volta à Terra para advertir os pecadores do destino terrível que os aguarda na vida após a morte justamente porque ele acredita que a justiça só pode vir da crença, ao invés do medo de alguma punição sobrenatural. Ou seja, a própria Bíblia alerta os seus seguidores de que a crença por medo é algo completamente sem fundamento.


Fonte: Listverse

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