segunda-feira, 31 de março de 2014
sexta-feira, 28 de março de 2014
VIDA QUE EU RESPEITO...
Eu me
aceito como sou, e faço de cada oportunidade,
um
trampolim para minha melhoria interior,
em
busca da tal felicidade.
E isso
se reflete no meu sorriso e na qualidade de vida.
Vida
que respeito, quando me alimento direito,
quando
deixo de lado um vício,
quando
não me intrometo na vida dos outros,
quando
não prometo aquilo que sei que não vou poder cumprir,
quando
amparo quem realmente precisa,
dentro
das minhas possibilidades...
Vida
que eu respeito e admiro,
quando
vejo o sol nascendo, ou indo embora no final da tarde.
quando
vejo a lua se aproximando e iluminando a noite,
quando
ouço passarinhos cantando sem compromisso,
ou a
cigarra na tarde quente avisando que o dia corre,
mesmo
na tranquilidade da serra, da cidade pequena ou grande.
Vida
que eu te desejo,
vida
que eu ensejo.
Vida
que não pode escorrer entre os dedos,
seja
em busca de emprego ou dinheiro.
Vida
que pede que você a respeite, guarde-a como se fosse de ouro.
Eis o
dia, eis a vida, este é o seu maior tesouro.
Viva
o dia!
Viva
você!
Paulo
Roberto Gaefke
terça-feira, 18 de março de 2014
NÃO ESPERE...
Não
espere dos outros além do que lhe foi prometido.
E
por via das dúvidas, não coloque todas as suas fichas em promessas
de
quem quer que seja.
Muita
gente se decepciona demais com o que "imaginou",
e outros tantos, esperando pelo que não
será cumprido.
Se
é para acreditar em alguém, acredite em você primeiro.
E
ainda assim, vigie-se para não ficar apenas nas promessas.
Quantas
coisas você já se prometeu e não cumpriu?
Imagine
promessas dos outros?
Isso
também não nos dá o direito de julgar ninguém.
Afinal
de contas, tantas coisas acontecem no nosso dia a dia.
E
nem sempre podemos cumprir o que "desejamos" e prometemos.
Trabalhe
com menos "futuro" e mais "presente".
O
que é que nós temos agora?
Um
tempo para criar uma situação.
Matricular-se
em uma escola,
candidatar-se
a um novo emprego,
começar
um relacionamento novo, ou o mesmo de novo,
ir
por um novo caminho,
seguir
uma nova direção.
Fazer
as pazes com a vida, respeitar-se!
Este
momento é tudo o que temos, tudo o que possuímos.
Por
isso, não perca tempo com reclamações, ou lamentações.
Faça
algo de bom por você.
É
assim que transformamos o nosso tempo em alegrias.
Vivendo
melhor a cada dia.
Paulo
Roberto Gaefke
segunda-feira, 17 de março de 2014
DESVIE-SE!
Desvie-se!
Daquela
ideia de vingança,
por
mais que você acredite que seja um direito seu.
O ódio
é uma faca de duas pontas, uma está sempre voltada para nós mesmos.
Desvie-se
De
pessoas que insistem em te julgar.
Para
saber o que você passa tem que viver o que você vive,
e
isso, só você para sentir.
Desvie-se!
De
pessoas bajuladoras, que vivem puxando o saco.
Quase
sempre tem algum interesse e na hora que você precisar,
elas
são as primeiras a te abandonar.
Desvie-se!
Dos
amores e pessoas problemáticas.
Amores
enrolados, situações mal resolvidas...
Fuja,
respeite o seu espaço e o seu fígado.
Quer
chorar? Vai assistir um filme dramático.
Pelo
menos quando acabar você sabe que era apenas um filme...
Desvie-se!
Dos
que te desviam, ou querem te desviar do bom caminho.
Do
caminho que você acredita ser o mais justo.
Pessoas
assim, querem apenas te arrastar para o buraco em que vivem.
Desvie-se!
Das
facilidades da reclamação.
Antes,
concentre-se em encontrar uma solução.
Pense,
reaja, lute, insista, levante-se, limpe o rosto,
seja a
força que deseja ver nos outros.
Desvie-se!
Da
dor, seja ela qual for,
com a
certeza de que tudo passa.
Até
nós, que somos eternos, passaremos.
Então,
desvie-se das pedras e abrace as flores.
A vida
pede mais do que sonhos.
Pede atitudes.
Pede atitudes.
sexta-feira, 14 de março de 2014
ENTREGUE-SE!
Entregue-se!
Ao dia que se apresenta com muitas cores e convida:
-Vem viver a plenitude da vida!
Entregue-se!
Ao abraço apertado de quem lhe quer bem,
e se o abraço não vem, ofereça o seu com
sinceridade.
Entregue-se!
Ao ar que insiste em entrar em seus pulmões,
desafiando-o a abandonar a preguiça e caminhar.
Entregue-se!
Ao desejo que enche o seu corpo de hormônios,
e que pedem o aconchego com alguém,
que seja do bem!
Entregue-se!
Ao amor que mesmo todo enrolado, ou amadurecido,
se faz novo pelo gesto que tudo renova,
pelo coração aquecido que tudo aprova.
Entregue-se!
Ao amor de Deus, que tudo comporta,
que recebe os meus e os seus erros como
experiência.
E que cheio da infinita paciência,
perdoa e te oferece a oportunidade do "novo".
O recomeçar que agora é página em branco,
para você escrever a sua história.
Entregue-se á oportunidade de servir.
De seguir adiante, de dar um passo ao porvir.
O Futuro é essa tarde que lhe sorri,
e lhe pede, que você, ao amor, não renegue,
pelo contrário, entregue-se!
Paulo Roberto Gaefke
domingo, 9 de março de 2014
sexta-feira, 7 de março de 2014
ACEITAR AS PESSOAS...
Aceitar as pessoas como elas realmente são,
não é fácil.
Afinal de contas, tem dias que não suportamos
nem a nós mesmos.
Imagine encarar os outros com os
"defeitos" que nós imaginamos?
Por isso, gratidão é uma forma de
desapegar-se dos conceitos,
e principalmente do "pré-conceito"
que leva ao erro.
No fim das contas, vamos descobrir que tudo
começa com a boa vontade,
passa pelo desejo de compartilhar e sem
nenhum favor,
descobrimos que tudo que é bom, é uma forma
generosa de amor.
Por isso, ao reconhecer algo de bom em
alguém, diga!
Ao ver os erros e defeitinhos, não parta para
a briga.
Releve, espere, confie.
Todo mundo aprende um dia, pelo amor ou pela
dor.
Que não seja a sua língua, instrumento de
terror,
mas o seu gesto de ternura, um abraço
acalentador.
Paulo Roberto Gaefke
quinta-feira, 6 de março de 2014
PENSE NO CONTRÁRIO...
Pense
na alegria de ver um desejo realizado,
quando
a dor da derrota te empurrar para o desânimo.
Pense
na doçura de um beijo apaixonado e por muito tempo esperado,
quando
a desilusão de um relacionamento recém terminado doer demais.
Pense
num abraço de pai ou de mãe, daqueles bem apertados,
quando
a solidão te chamar pelo nome cheia de intimidade.
Pense
no melhor emprego com um belo salário,
quando
sem emprego o desespero bater na sua porta.
Pense
na comemoração por ter passado em uma prova,
quando
seu nome não constar naquela lista de resultados.
Pense
no seu prato favorito, quente e convidativo,
quando
a fome apertar no meio do nada.
Pensar
no contrário da situação no exato momento em que passamos pelo reverso,
nos
empurra para uma "revolta interior" que pode transformar qualquer
situação
negativa, em força positiva.
É
assim que descobrimos vencedores onde ninguém esperava nada.
É
assim que recordes são quebrados.
É
assim que a palavra impossível vai perdendo o sentido.
Por
isso, não se acomode diante do não,
nem
se acostume com a dor e a desilusão.
Pense
no contrário e aja com forças renovadas.
Levante
da cama e caminhe, ainda que seja em cadeiras de rodas,
ou
muletas antigas que mal suportam o seu peso.
Ainda assim, algo dentro de você vai te
empurrar para a vitória.
E
se acreditar que a sua cruz é muito pesada,
pense
em Jesus e em todas aquelas chibatadas.
Assim
vai perceber que sua cruz é tão leve,
que
não há motivos para não vencer.
A vida sempre te espera de braços abertos.
A vida sempre te espera de braços abertos.
Paulo
Roberto Gaefke
VIRTUDES E CERTEZAS...
A
melhor oração?
Aquela
que abrimos o coração e rasgamos a alma
diante
da nossa incapacidade de compreender,
ou
resolver uma situação que nos aflige.
O
melhor momento?
Aquele
em que vivemos intensamente o instante presente.
Quando
descobrimos que o passado não tem mais força,
e que
o futuro começa aqui, com o seu jeito de viver o agora.
O
melhor amigo?
Aquele
que nem sempre diz sim,
nem
sempre está próximo, mas está sempre presente.
O que
oferece a cumplicidade do silêncio,
que
mais ouve do que fala.
O que
não passa...
A
melhor filosofia de vida?
Aquela
que não agride a nossa inteligência.
Que
não impõem nada além do amor.
Que
ensina a perdoar e seguir amando.
Consola,
ampara e ensina,
em
meio ao turbilhão do mundo e de tanto desmando.
A
maior alegria?
Descobrir
dentro de você essa estranha certeza,
que é
como uma chama, as vezes pequenina,
que
insiste em dizer que você importa,
que
merece e precisa ser feliz.
A
certeza de que tudo passa,
menos
essa deliciosa sensação de que ainda há muito por fazer.
A
maior virtude?
A
possibilidade de recomeçar sempre.
Por
isso, onde estiver, não se perca de você.
Você
pode sair de onde estiver, e crescer.
E isso
ninguém pode tomar de você.
Agora
é o seu tempo.
Tempo de vencer.
Tempo de vencer.
NOS TRILHOS DO TEMPO...
Outro dia, uma
amiga se queixou ao telefone: “Tenho 27 anos e descobri
que, até agora, tenho me alimentado de migalhas”. Falei qualquer
coisa banal & consoladora, como “a vida é assim mesmo, paciência” – e
desliguei. Só não desliguei a cabeça: a frase ficou dias dando
voltas dentro dela, Até que, não lembro bem como, de algum lugar de dentro de
mim veio a resposta que não cheguei a dar à minha amiga: “Mas será que isso que
você chama de migalhas não será, afinal, o próprio pão?”
Fiquei todo
enredado num pensamento mais ou menos assim: aos 15anos, você
espera um bolo coberto de chocolate, recheado de frutas; aos 25,
você até dispensa o recheio de frutas, mas ainda espera a cobertura de
chocolate; aos 35 – ah, um pão doce mesmo serve; aos
45, pode ser pão comum, desses de água e sal, desde que fresquinho; aos
55, o mesmo pão, só que não tem muito importância se dor amanhecido – e
assim por diante, até chegarmos às migalhas. Que, se você tiver uma
boa cabeça, pode receber como se fosse uma daquelas tortas Martha
Rocha (uma fatia para quem lembrar das tortas Martha Rocha, famosas nos
anos 50).
A passagem do tempo traz humildade e reduz o apetite? Não afirmo nada, só pergunto, porque não tenho certeza. Talvez por ter andado lendo os dois romances que Doris Lessing esecreveu sob o pseudônimo de Jane Somers (O Diário de Uma Boa Vizinha e Se os Velhos Pudessem), andei pensando também na velhice. Neste jornal não se pode escrever palavrão – mas você já percebeu que muitos jovem dizem velha como se dissessem, desculpem, mulher de vida airada ou ladra? Como se a velhice fosse um crime e uma vergonha.
Os dias passaram,
eu pensei em Rita Lee. Não ouvi o disco novo de Rita, não tenho
nada a dizer sobre ele. Mas Rita ficou furiosa com uma crítica escrita sobre o
disco e, ao que parece, especialmente com uma maldadezinha sobre sua suposta
“menopausa criativa”. Fica assim: quem acusa coloca-se na posição de
“jovem-por-dentro-de tudo”. Acaba virando um joguinho meio lamentável de bom
& mau, mocinho & bandido,inocente & culpado. Por trás de
tudo, a suprema ofensa: ser chamado de VELHO.
Então morre Rita
Hayworth (maravilhosa Rita, sem a qual Marilyn Monroe talvez não
tivesse existido), há anos esquecida. Em todos os arquivos rebuscam-se fotos e
trechos de filmes da flamejante Gilda – e fotos da mulher esplêndida de 20, 25
anos, são colocadas lado a lado de fotos da velha horrenda de 60, doente e
decadente. O subtexto é: o jovem é belo, o velho é feio. O jovem
está perto da vida, o velho está perto da morte. E a velhice, como a morte, é
feia e suja. Será?
Enquanto isso, a
vida de cada um corre sobre os trilhos do tempo, separadamente mas em direção a
um destino igual para todos, e no mesmo ritmo implacável daquele poema de
Manuel Bandeira:café-com-pão, café-com-pão. Penso nos velhinhos como Mário
Quintana, cheios do poder discreto de conseguir contemplar de longe a
juvenil palhaçada nossa de cada dia, à espera desses resplandescentes bolos
cobertos de chocolate, recheados de frutas. E que só existem no sonho.
No real, são as migalhas.
Rita, a Hayworth,
gira no ar sua luva negra e canta: “Put the blame on mame, boy” – porque ela
não preparou você para a velhice, eu acrescento. Seguro devagar o novo livro de Adélia
Prado, O Pelicano, leio e releio um poema chamado Objeto de
Amor (que não posso transcrever aqui: este jornal não publica
palavrão), e acho que eu compreendo quando ela diz: “Quanto a mim dou graças/
pelo que agora sei/ e, mais que perdoo, eu amo”. Foi Adélia, mulher do
povo, quem afirnou também num poema mais antigo: “Quarenta anos: não quero
a faca nem o queijo/ quero a fome”. Eu também: bem-vindas as migalhas que, se
Deus quiser, virão.
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