Que a felicidade, ainda que breve, possa ser
bem desfrutada.
E que as perguntas fiquem pra depois e não
tenham tanta importância.
Que o motivo para se estar feliz tenha o
direito de ser banal.
Tenha o direito de fazer chorar de rir e
quando parar, começar de novo sem qualquer porquê.
Que possamos fazer da gentileza uma
característica mundial.
Que seja nobre ser simples.
Que possamos continuar errando e descobrindo
como acertar na próxima.
Que nossos desejos sejam livres.
Que o choro ocupe menos tempo da nossa vida,
molhe bem menos os nossos olhos, sufoque bem menos a nossa alma.
Que o dia seguinte seja sempre um presente
bonitinho embrulhado num papel convidativo.
E que aqueles que não conseguem participar
destas esperanças, aprendam.
Camila Heloíse
Camila Heloíse
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