Uma das maiores fontes de desgaste nos relacionamentos amorosos é a forma como a maior parte das pessoas lida com as divergências de opinião.
Divergências são inevitáveis quando duas pessoas convivem intimamente. Porém, não cabem ações autoritárias, como cobranças, pitos, ordens...
Aprender a discutir de forma respeitosa não é tão difícil para aqueles que não tomam todas as divergências como uma grave ofensa pessoal.
As conversas mais delicadas acerca de diferenças relevantes devem ser feitas em um momento favorável e tomando muito cuidado com as palavras.
Colocar seus pontos de vista com delicadeza e respeito cria condições favoráveis ao diálogo. O contrário cria o clima propício para um duelo.
Uma estratégia bastante eficiente, quando se deseja mesmo ser ouvido, é falar o que sente tratando do assunto na primeira pessoa do singular.
Ao falar que "isso me entristeceu" estou dizendo que me senti desprestigiado pela conduta do meu parceiro. É diferente de "não admito isso"!
Palavras que acusam o interlocutor o torna defensivo e irritado. "Me aborreci com essa atitude" ele ouve. "Não faça mais isso" só gera briga.
Posso dizer "não gosto dessa comida". Mas não tenho o direito de falar que "te proíbo de fazer de novo". Adultos não dão e nem levam pito!
É muito importante informar claramente o parceiro quais são as atitudes dele que nos agradam, assim como aquelas que nos magoam e aborrecem.
De posse dos dados relevantes a nosso respeito, cabe ao parceiro decidir se quer nos agradar ou nos aborrecer. Não podemos interferir nisso.
Flávio Gikovate
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