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sexta-feira, 30 de abril de 2010

LUZ PRÓPRIA...


É hora de assumir a sua luz própria.
É hora de manifestar o amor que habita em você, ser feliz tem que ser questão de prioridade,
não se esconder da vida, ir de encontro com a felicidade.

Chega de lamúrias e reclamações, chega de procurar culpados por isso ou aquilo, é tempo de renovação, de sol na sua vida, e nada melhor, do que um sorriso, para começar bem o seu dia,
já que tudo o que é de Deus, é fruto da alegria.

Abra-se para o novo ou velho amor, abrace as pessoas sem medo, entregue-se aos pequenos prazeres, redescubra alguns que estão adormecidos, conheça novos que possam te tocar.
em meio a tantos afazeres.
Se toque, se cheire, se ame, a vida quer te presentear, e pede para você se encantar, para você se respeitar.
para que tudo em volta, possa florir, mostrando para você o infinito, desse caminho bonito, que se abre e não tem volta, de quem se valoriza e deixa ser da dor, um eterno aprendiz, para crescer como gente, e ser feliz.

Assuma seus passos, assuma suas qualidades, se goste um pouco mais, chega de tantos "ais", para descobrir por fim, que você vale muito, muito mais.

Paulo Roberto Gaefke

CASAR-SE DE NOVO...


Meus amigos separados não cansam de perguntar como consegui ficar casado 30 anos com a mesma mulher....

As mulheres sempre mais maldosas que os homens, não perguntam à minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.

Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para
manter um casamento por tanto tempo.

Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário.

Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue:

Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade.

Eu, na realidade já estou em meu terceiro casamento - a única diferença é que casei três vezes com a mesma mulher.

Minha esposa, se não me engano está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes que eu.

O segredo do casamento não é a harmonia eterna.

Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher.

O segredo no fundo é renovar o casamento e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal.

De tempos em tempos, é preciso renovar a relação.

De tempos em tempos é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, seduzir e ser seduzido.

Há quanto tempo vocês não saem para dançar?

Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial?

Há quanto tempo não fazem uma lua-de-mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?

Sem falar dos inúmeros quilos que se acrescentaram a você depois do casamento.

Mulher e marido que se separam perdem 10 kg em um único mês - por que vocês não
podem conseguir o mesmo?

Faça de conta que você está de caso novo.

Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares novos e desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo, a maquiagem.

Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.

Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou o mesmo marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas.

Muitas vezes não é a sua esposa que está ficando chata e mofada, é você, são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração.

Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação .

Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo circuito de amigos.

Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso.

Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar.

Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento. Mas se você se separar sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.

Não existe essa tal "estabilidade do casamento" nem ela deveria ser almejada (muitas vezes é confundida com "acomodação", o que é cruel...). O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos .

A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma "relação estável", mas saber mudar junto .

Todo cônjuge precisa evoluir: estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado em fazer no inicio do casamento .

Isso é necessário também no trabalho, porque não na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo.

Portanto descubra a nova mulher ou o novo homem que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo interessante par.

Tenho certeza que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças.

Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso de vez em quando é necessário
casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.

Arnaldo Jabor

quinta-feira, 29 de abril de 2010

UM RECADO DE DEUS...


Aqueles que dispõem da visão perfeita, com certeza não podem avaliar a preciosidade que é ter noção de espaço, distâncias, cores - tudo o que os olhos oferecem todos os dias.
Por isso, ouvir o depoimento de uma senhora novaiorquina, cega, que mora sozinha, é oportuno.

Durante todo o inverno ela ficou dentro de casa a maior parte do tempo.
Naquele dia de final de abril, a friagem amenizou e ela sentiu o perfume forte e estimulante da primavera.
Seus ouvidos escutaram o canto insistente de um passarinho do lado de fora da janela.
É como se a pequena ave a estivesse convidando a sair de casa.
Preparou-se, tomou a bengala e saiu.
Voltou o rosto para o sol, deu-lhe um sorriso de boas-vindas, agradecida pelo seu calor e a promessa do verão.
Caminhando tranqüila pela rua sem saída, escutou a voz da vizinha a lhe perguntar se não desejava uma carona.
"Não", respondeu ela.
As minhas pernas descansaram o inverno inteiro.
As juntas estão precisando ser lubrificadas e um passeio a pé me fará bem.
Ao chegar na esquina ela esperou, como era seu costume, que alguém se aproximasse e permitisse que ela o acompanhasse, quando o sinal ficasse verde.
Os segundos pareceram uma eternidade.
E ninguém aparecia.
Nenhuma oferta de ajuda.
Ela podia ouvir muito bem o ruído nervoso dos carros passando com rapidez, como se tivessem que conduzir os seus ocupantes a algum lugar, muito, muito depressa.
Por um momento se sentiu só, desprotegida.
Resolveu cantarolar uma melodia.
Do fundo da memória, recordou-se de uma canção de boas-vindas à primavera, que havia aprendido na escola quando era criança.
De repente, ela ouviu uma voz masculina forte e bem modulada.
"Você me parece um ser humano muito alegre.
Posso ter o prazer de sua companhia para atravessar a rua?"
Ela fez que sim com a cabeça, sorriu e murmurou ao mesmo tempo um "sim".
Delicadamente, ele segurou o braço dela.
Enquanto atravessavam devagar, conversaram sobre o tempo e como era bom, afinal, estar vivo num dia daqueles.
Como andavam no mesmo passo, era difícil se saber quem era o guia e quem era o guiado.
Mal haviam chegado ao outro lado da rua, ouviram as buzinas impacientes dos automóveis.
Devia ser a mudança de sinal.
Ela se voltou para o cavalheiro, abriu a boca para agradecer pela ajuda e pela companhia.
Antes que pudesse dizer uma palavra, ele já estava falando:
"Não sei se você percebe como é gratificante encontrar uma pessoa tão bem disposta para acompanhar um cego como eu, na travessia de uma rua."

Às vezes, quando nos sentimos sós no universo, Deus nos manda uma imagem semelhante para diminuir nossa sensação de isolamento e disparidade.
É sempre reconfortante conseguir perceber que, sejam quais forem as dificuldades e limitações que estejamos atravessando, sobre a terra existem outras tantas dezenas ou centenas de criaturas que, como nós, passam por situações semelhantes.
E, o mais importante, lutam e vencem.
É a mensagem viva de bom ânimo da divindade para as nossas próprias vidas.

Equipe de Redação do Momento Espírita, baseado no livro Pequenos Milagres - Yitta Halberstam e Judith leventhal, ed. Sextante, págs. 36/37

MANDAMENTOS SECULARES...


Domine sua fala, diga sempre menos do que pensa, cultive uma voz baixa e suave.
Pense antes de fazer uma promessa e depois não a quebre, não importa o quanto lhe custe cumpri-la.
Nunca deixe passar uma oportunidade para dizer uma coisa meiga e animadora a uma pessoa ou a respeito dela.
Tenha interesse nos outros - em suas ocupações, em seu bem-estar, seus lares e família. Seja sempre alegre com os que riem e lamente com os que choram.
Aja de tal maneira que as pessoas com quem se encontrar sintam que você lhes dispensa atenção e lhes dá importância.
Seja alegre, conserve-se sorrindo. Ria das histórias boas e aprenda a contá-las.
Conserve a mente aberta para todas as questões de discussão. Investigue, mas não argumente. É próprio das grandes mentalidades discordar e ainda conservar a amizade do seu oponente.
Deixe que suas virtudes falem por si mesmas e recuse a falar das faltas e fraquezas dos outros. Condene murmúrios. Faça uma regra de falar só coisas boas dos outros.
Tenha cuidado com os sentimentos dos outros. Gracejos e críticas não valem a pena e freqüentemente magoam quando menos se espera.
Não faça questão das observações más a seu respeito.
Viva de modo que ninguém as acredite.
Não seja excessivamente zeloso dos seus direitos. Trabalhe, tenha paciência, conserve-se calmo, esqueça-se de si mesmo e receberá a recompensa.
"A passagem do tempo deve ser uma conquista e não uma perda."

Helen Keller

PRAZERES PELA METADE...


"Uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido. Uma só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').
Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.
Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.
Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar. E por aí vai.
Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...
Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'. Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções.
Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim: 'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...
Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.
Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.
Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate, um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.
OK? Não necessariamente nessa ordem.
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago . . .
"Você nasce sem pedir e morre sem querer. Aproveite o intervalo."

Danuza Leão

sábado, 24 de abril de 2010

CARPE DIEM...


Aí um dia você toma um avião para Paris, a lazer ou a trabalho, em um vôo da Air France, em que a comida e a bebida têm a obrigação de oferecer a melhor experiência gastronômica de bordo do mundo, e o avião mergulha para a morte no meio do Oceano Atlântico. Sem que você perceba, ou possa fazer qualquer coisa a respeito, sua vida acabou. Numa bola de fogo ou nos 4 000 metros de água congelante abaixo de você naquele mar sem fim. Você que tinha acabado de conseguir dormir na poltrona ou de colocar os fones de ouvido para assistir ao primeiro filme da noite ou de saborear uma segunda taça de vinho tinto com o cobertorzinho do avião sobre os joelhos. Talvez você tenha tido tempo de ter a consciência do fim, de que tudo terminava ali. Talvez você nem tenha tido a chance de se dar conta disso. Fim.

Tudo que ia pela sua cabeça desaparece do mundo sem deixar vestígios. Como se jamais tivesse existido. Seus planos de trocar de emprego ou de expandir os negócios. Seu amor imenso pelos filhos e sua tremenda incapacidade de expressar esse amor. Seu medo da velhice, suas preocupações em relação à aposentadoria. Sua insegurança em relação ao seu real talento, às chances de sobrevivência de suas competências nesse mundo que troca de regras a cada seis meses. Seu receio de que sua mulher, de cuja afeição você depende mais do que imagina, um dia lhe deixe. Ou pior: que permaneça com você infeliz, tendo deixado de amá-lo. Seus sonhos de trocar de casa, sua torcida para que seu time faça uma boa temporada, o tesão que você sente pela ascensorista com ar triste. Suas noites de insônia, essa sinusite que você está desenvolvendo, suas saudades do cigarro. Os planos de voltar à academia, a grande contabilidade (nem sempre com saldo positivo) dos amores e dos ódios que você angariou e destilou pela vida, as dezenas de pequenos problemas cotidianos que você tinha anotado na agenda para resolver assim que tivesse tempo. Bastou um segundo para que tudo isso fosse desligado. Para que todo esse universo pessoal que tantas vezes lhe pesou toneladas tenha se apagado. Como uma lâmpada que acaba e não volta a acender mais. Fim.

Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo dentro de casa. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. No fundo, só existe o hoje. O amanhã não existe!

Artigo da Resvista Exame: Carpe Diem

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O PIQUENIQUE DAS TARTARUGAS...


Uma família de tartarugas decidiu sair para um piquenique.
As tartarugas, sendo naturalmente lentas, levaram 7 anos preparando-se para o passeio.
Passados 6 meses, após acharem o lugar ideal, ao desembalarem a cesta de piquenique descobriram que estavam sem sal.
Então, designaram a tartaruga mais nova para voltar em casa e pegar o sal. (por ser a mais rápida).
A pequena tartaruga lamentou, chorou e esperneou, mas concordou em ir com uma condição:
Que ninguém comeria até que ela retornasse.
Três anos se passaram... Seis anos... e a pequenina não tinha retornado.
Ao sétimo ano de sua ausência, a tartaruga mais velha já não suportando mais a fome, decidiu desembalar um sanduíche.
Nesta hora, a pequena tartaruga saiu detrás de uma árvore e gritou:
'Viu! Eu sabia que vocês não iam me esperar.
Agora que eu não vou mesmo buscar o sal.'

Algumas vezes em nossa vida as coisas acontecem da mesma forma.
Desperdiçamos nosso tempo esperando que as pessoas vivam à altura de nossas expectativas.
Ficamos tão preocupados com o que os outros estão fazendo que deixamos de fazer o que nos compete.
Como disse Mário Quintana:
'O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso'.
Por isso, vivamos nossa vida e deixemos de nos preocupar com a opinião e o interesse dos outros por nós.

terça-feira, 20 de abril de 2010

O BOLO...


Meu irmão e eu chegávamos sempre em casa com muita fome, ao regressar da escola.
Um dia, como eu pedisse de comer, minha mãe pôs-nos diante de meio bolo, na mesa da cozinha.
Colocando uma faca ao lado do bolo, disse:
- Um de vocês vai cortar o bolo, mas o outro vai poder escolher, em primeiro lugar, o seu pedaço.
Meu irmão, querendo fazer-se de esperto, deitou logo mão da faca e ia, evidentemente, cortar o bolo em dois pedaços desiguais.
Mas, de repente, parou. Olhando primeiramente para nossa mãe e, depois, para mim, cortou o bolo exatamente no meio.
E esperou que eu me servisse.Qualquer pedaço que eu escolhesse daria no mesmo: nenhum de nós sairia prejudicado.
E comemos, alegremente, as porções idênticas.
Desde então, fosse o que fosse que houvesse a repartir - pão com manteiga, doces, pastéis, bolos ou balas -, tudo era sempre dividido conscienciosamente em partes iguais.
Isso nos ensinou um respeito, que nunca conheceu arrefecimento, para com os direitos daqueles com quem tínhamos que compartilhar alguma coisa.

Da obra "E, Para o Resto da Vida...", Wallace Leal V. Rodrigues, ed. O Clarim.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

EU TUDO POSSO...


Quando você realmente acreditar que pode, quando se concentrar nos objetivos reais, quando os pés cansados persistirem em novos passos, e quando a dúvida for apenas uma companheira de viagem, sua jornada será mais leve, o fardo menos pesado e a paz será a sua bandeira, o amor a sua marca, a caridade uma entrega verdadeira, e a esperança, uma constante.
Pois em seu rosto, apesar de todas as marcas, a serenidade se fará mais forte, e o seu brilho, ofuscará a sombra, sem depender de signos, ou da sorte.

Deixe-se levar pela mão do "Eu Posso!",
Guie-se pelo "Eu Consigo",
Na certeza do "Eu Mereço!",
Com a determinação do "Eu sou um Vencedor!", com a humildade do "Aprendiz", com aquela força que diz:
- Eu mereço ser plenamente feliz!

Repita:
- Hoje, eu tudo posso, Naquele que me fortalece!
Tudo já está vencido, conquistado, aberto, pronto.
Tomo posse do que é meu por direito.
Tomo posse da minha vida, do meu destino, e por onde eu for, serei guiado pelo Amor.

Eu tomo posse!
Paulo Roberto Gaefke

sábado, 17 de abril de 2010

OS OLHOS SÃO APENAS ESPELHOS DA ALMA...


Alguém, muito desanimado, entrou numa igreja e em determinado momento disse para Deus:
"Senhor, aqui estou porque em igrejas não há espelhos, pois nunca me senti satisfeito com minha aparência".
Subitamente uma folha de papel caiu aos seus pés, vinda do alto do templo. Atônito, ele a apanhou e nela viu a seguinte mensagem:
Minha criatura, nenhuma das minhas obras veio ou ficou sem beleza, pois a feiúra é invenção dos homens e não minha.
Não importa se um corpo é gordo ou magro: Ele é o templo do espírito e este é eterno.
Não importa se braços são longos ou curtos: sua função é o desempenho do trabalho honesto.
Não importa se as mãos são delicadas ou grosseiras: sua função é dar e receber o Bem.
Não importa a aparência dos pés: sua função é tomar o rumo do Amor e da Humildade.
Não importa o tipo de cabelo, e se ele existe ou não numa cabeça: o que importa são os pensamentos que por ela passam.
Não importa a forma ou a cor dos olhos: o que importa é que eles vejam o valor da Vida.
Não importa um formato de nariz: o que importa é inspirar e expirar a Fé.
Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativos: o que importa são as palavras que saem dela.
Ainda atônito, esse alguém dirigiu-se para a porta de saída, que tinha algumas partes de vidro.
Nesse exato momento sentiu que toda sua vida se modificaria.
Havia esse lembrete na porta aderido: "Veja com bons olhos seu reflexo neste vidro e lembre-se de tudo que deixei escrito. Observe que não há uma única linha sobre Mim que afirme que sou bonito"
"Amamos as pessoas não pela beleza que existe nelas, mas pela beleza nossa que nelas aparece refletida. Por isto, somos mendigos de olhares. Olhos são espelhos..."

Rubem Alves

MEDICINA NATURAL...


O que faz você, por exemplo, quando está com dor de cabeça ?
Ou quando está chateado ?
Será que existe algum remédio para aliviar a maioria dos problemas físicos e emocionais ?
Pois é ..., durante muito tempo estivemos à procura de alguma coisa que nos rejuvenescesse, que prolongasse o nosso bom humor, que nos protegesse contra as doenças, que curasse nossa depressão, que nos aliviasse de nosso estresse, que nos fizesse chegar próximo daquele com quem brigamos.
Sim, alguma coisa que fortalecesse nossos laços conjugais e que, inclusive, nos ajudasse a adormecer tranqüilos.
Encontramos ! O remédio havia sido descoberto e já estava à nossa disposição. E continua ao alcance de nossas mãos.
O mais impressionante de tudo é que, ainda por cima, não nos custa nada. Aliás, custa sim, custa um pouco de vontade de perdoar.
É o ABRAÇO! O abraço é milagroso. É medicina, realmente, muito forte. O abraço, como sinal de afetividade, de carinho e de perdão, pode nos ajudar a viver mais tempo, proteger-nos contra doenças, curar a depressão e fortificar os laços conjugais e familiares. O abraço é excelente tônico!
Hoje, sabemos que a pessoa deprimida é bem mais suscetível a doenças. O abraço diminui a depressão e revigora o sistema imunológico da pessoa. O abraço injeta nova vida nos corpos cansados e fatigados, e a pessoa abraçada se sente muito mais jovem e vibrante. O abraço aumenta, significativamente, a hemoglobina na pessoa tocada. Para lembrar, hemoglobina é aquela parte do sangue que transporta o oxigênio para os órgãos mais vitais do nosso corpo, inclusive o cérebro e o coração. O uso regular do abraço, por isso tudo, prolonga a vida, sara a depressão e estimula a vontade de viver, crescer e progredir.
Sabe quantos abraços você precisa dar por dia?
04 para sobreviver
08 para manter-se vivo
12 para prosperar
E o mais bonito é que este remédio não tem contra indicações e não há maneira de dá-lo sem recebê-lo de volta!

AUTOESTIMA...


Se ...
Se a nota dissesse: "Não é uma nota que faz a música" ... não haveria sinfonia.
Se a palavra dissesse: "Não é uma palavra que faz uma página" ... não haveria livro.
Se a pedra dissesse: "Não há pedra que possa montar uma parede" ... não haveria casa.
Se a gota dissesse: "Uma gota d'água não faz um rio" ... não haveria oceanos.
Se o grão disser: "Não é um grão que semeia um campo" ... não haveria colheita.
Se o homem disser: "Não é um gesto de amor que pode salvar a humanidade" ... jamais haverá justiça, paz, dignidade e felicidade na Terra.
Assim como a sinfonia precisa de cada nota;
Assim como o livro precisa de cada palavra;
Assim como a casa precisa de cada pedra;
Assim como o oceano precisa de cada gota d'água;
Assim como a colheita precisa de cada grão de trigo...
A humanidade precisa de Você!
E precisa de Você onde você estiver, único e, portanto, insubstituível.
E Você ? O que está esperando para se comprometer ?
O mundo precisa de nosso comprometimento para ser o mundo que todos queremos, desejamos e merecemos.
Pense nisso !!! ...

QUAL É...


O dia mais belo? - Hoje...
A coisa mais fácil ?- Equivocar-se...
O maior obstáculo ? - Medo...
O maior erro ? - Abandonar-se...
A raiz de todos os males ? - Egoísmo...
A distração mais bela ? - Trabalho...
A pior derrota ? - Desalento...
Os maiores professores ? - Crianças...
A primeira necessidade ? - Comunicar-se...
De mais feliz a se fazer ? - Ser útil aos demais...
O maior mistério ? - A morte...
O pior defeito ? - O mau humor...
A pessoa mais perigosa ? - A mentirosa...
O sentimento mais ruim ? - O rancor...
O presente mais belo ? - O perdão...
O mais imprescindível ? - Orar...
O caminho mais rápido ? - O correto...
A sensação mais grata ? - A paz interior...
A expressão mais eficaz ? - O sorriso...
O melhor remédio ? - O otimismo...
A maior satisfação ? - O dever cumprido...
A força mais potente do universo ? - A fé...
As pessoas mais necessárias ? - Os pais...
A coisa mais bela de todas? - O amor...

VOCÊ PODE FAZER A DIFERENÇA...


Relata a Sra. Teresa, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da quinta série primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual.
No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Ricardo. A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal.
Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos.
Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações feitas em cada ano.
A Sra. Teresa deixou a ficha de Ricardo por último. Mas quando a leu foi grande a sua surpresa.
A professora do primeiro ano escolar de Ricardo havia anotado o seguinte: Ricardo é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele.
A professora do segundo ano escreveu: Ricardo é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil.
Da professora do terceiro ano constava a anotação seguinte: a morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Ricardo. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo.
A professora do quarto ano escreveu: Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.
A Sra. Tereza se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada.
Sentiu-se ainda pior quando lembrou dos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, envoltos em papéis coloridos, exceto o de Ricardo, que estava enrolado num papel marrom de supermercado.
Lembra-se de que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade.
Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquela ocasião Ricardo ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Lembrou-se ainda, que Ricardo lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe.
Naquele dia, depois que todos se foram, a professora Tereza chorou por longo tempo...
Em seguida, decidiu-se a mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Ricardo.
Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava.
Ao finalizar o ano letivo, Ricardo saiu como o melhor da classe. Um ano mais tarde a Sra. Tereza recebeu uma notícia em que Ricardo lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida.
Seis anos depois, recebeu outra carta de Ricardo contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera. As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Ricardo.
Mas a história não terminou aqui. A Sra. Tereza recebeu outra carta, em que Ricardo a convidava para seu casamento e noticiava a morte de seu pai.
Ela aceitou o convite e no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Ricardo anos antes, e também o perfume. Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Ricardo lhe disse ao ouvido:
- Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença.
Mas ela, com os olhos banhados em pranto sussurrou baixinho: você está enganado ! Foi você que me ensinou que eu podia fazer a diferença, afinal eu não sabia ensinar até que o conheci.
Mais do que ensinar a ler e escrever, explicar matemática e outras matérias, é preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do educando.
Mais do que avaliar provas e dar notas, é importante ensinar com amor mostrando que sempre é possível fazer a diferença...

AMIZADE...


Certa vez, havia um garoto que tinha um temperamento muito ruim. O pai desse garoto lhe deu um saco com pregos e lhe disse que toda vez que ele perdesse sua paciência, ele deveria martelar um prego atrás da cerca.
No primeiro dia o garoto enfiou 37 pregos na cerca. Em algumas semanas, de acordo com que ele ia aprendendo a controlar seu temperamento, o número de pregos martelados, por dia, reduziu gradativamente. Ele descobriu que era mais fácil controlar seu temperamento do que martelar todos aqueles pregos na cerca ...
Finalmente chegou o dia em que o garoto não perdeu a paciência nem uma vez. Então ele chegou e disse aquilo ao seu pai. Este sugeriu que ele retirasse um prego por cada dia que ele conseguisse controlar seu temperamento.
Finalmente chegou o dia em que o garoto havia retirado todos os pregos da cerca. Então seu pai segurou sua mão e levou-o até a cerca e disse:
- Você foi muito bem meu filho, mas olhe os buracos na cerca. A cerca jamais será a mesma. Quando você diz coisas com raiva, estas coisas deixam cicatrizes exatamente como estas.
Você pode enfiar uma faca em um homem e retirar. Não vai importar quantas vezes você peça desculpas, o buraco vai estar lá do mesmo jeito. Um ferimento verbal é tão ruim quanto um físico.
Amigos são jóias muitíssimo raras. Eles fazem você sorrir e lhe dão apoio para que você tenha sucesso. Eles emprestam um ouvido, eles lhe elogiam e tem o coração sempre aberto para você.

O TRABALHO E A FAMILIA...


No meu trabalho, estava correndo e de repente um estranho trombou em mim: - Oh, me desculpe por favor, foi a minha reação.
E ele disse: - Ah, desculpe-me também, eu simplesmente nem te vi.
Nós fomos muito educados um com o outro, aquele estranho e eu.
Então, nos despedimos e cada um foi para o seu lado.
Mas em nossa casa, acontecem histórias diferentes. Como nós tratamos aqueles que amamos ???
Mais tarde naquele dia, eu estava fazendo o jantar e meu filho parou do meu lado tão em silencio que eu nem percebi. Quando eu me virei, tomei o maior susto e lhe dei uma bronca.
Saia do meu caminho filho !
E eu disse aquilo com certa braveza.
E ele foi embora, certamente com seu pequeno coração partido.
Eu nem imaginava como havia sido rude com ele.
Quando eu fui me deitar, eu podia ouvir a voz calma e doce de Deus me dizendo: - Quando falava com um estranho, quanta cortesia você usou ?
Mas com seu filho, a criança que você ama, você nem sequer se preocupou com isso !
Olhe no chão da cozinha, você vê algumas flores perto da porta ?
São flores que ele trouxe para você.
Ele mesmo as pegou: a cor-de-rosa, a amarela e a azul.
Ele ficou quietinho para não estragar a surpresa e você nem viu as lágrimas nos olhos dele.
Nesse momento, eu me senti muito pequena.
E agora, o meu coração era quem derramava lágrimas.
Então eu fui ate a cama dele e ajoelhei ao seu lado.
- Acorde filhinho, acorde. Estas são as flores que você pegou para mim ?
Ele sorriu,
- Eu as encontrei embaixo da árvore.
Eu as peguei porque as achei tão bonitas como você !
Eu sabia que você iria gostar, especialmente da azul.
Eu disse: - Filho, eu sinto muito pela maneira como agi hoje. Eu não devia ter gritado com você daquela maneira.
- Ah mamãe, não tem problema, eu te amo mesmo assim !
- Filho, eu também te amo. E eu adorei as flores, especialmente a azul.
Você já parou para pensar que, se morrermos amanhã, a empresa para qual trabalhamos poderá facilmente nos substituir em uma questão de dias !?
Mas as pessoas que nos amam, a família que deixamos para trás, sentirmos essa perda para o resto de suas vidas.
E nos raramente paramos para pensar nisso.
As vezes colocamos nosso esforço em coisas muito menos importantes que nossa família, que as pessoas que nos amam, e não nos damos conta do que realmente estamos perdendo.
Perdemos o tempo de sermos carinhosos, de dizer um "Eu te amo", de dizer um "Obrigado", de dar um sorriso, ou de dizer o quanto cada pessoa é importante para nós.
Ao invés disso, muitas vezes agimos com rudeza, e não percebemos o quanto isso machuca os nossos queridos.
A família é o nosso maior bem !!!

MÁXIMAS FILOSÓFICAS...


1) Não sou um completo inútil... ao menos sirvo de mau exemplo.

2) Se você não é parte da solução é parte do problema.

3) Errar é humano, mas achar em quem colocar a culpa é mais humano ainda.

4) Meu Deus, dai-me paciência... mas tem que ser já!

5) O importante não é saber, mas ter o telefone de quem sabe.

6) O que sabe, sabe. O que não sabe é chefe. (viche!)

7) É bom deixar a bebida. O mau é não se lembrar aonde.

8) Existe um mundo melhor, mas é caríssimo.

9) A mulher que não tem sorte com os homens, não sabe a sorte que tem.

10) Trabalhar nunca matou ninguém, mas... por que se arriscar?

11) Não leve a vida tão a sério, afinal nem sairá vivo dela! 
12) O álcool e o cigarro mata lentamente. Não tem problema, eu não tenho pressa.

13) Mate-se de estudar e será um cadáver culto.

14) Há duas palavras que abrem muitas portas: Puxe e Empurre.

15) A bebida é o maior inimigo do homem. Mas, o homem que foge do inimigo ... é covarde!!!

MORRE LENTAMENTE...


Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar, morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoínho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante...
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
"Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade"

Pablo Neruda

sexta-feira, 16 de abril de 2010

RESPOSTAS DO TEMPO...


Quem tem a resposta para todas as perguntas que te afligem?
Creio que ninguém, porque somos uma caixinha de emoções.
Quando resolvemos uma coisa, logo aparece outra dúvida.
Quando escolhemos um caminho, logo vem duas esquinas, duas opções, dois destinos...

Por isso, não fique parado na esquina do tempo, remoendo o passado, chorando pelo que não foi,
amargurado pelo que foi e não deu certo.
Antes, levante a cabeça, olhe para o horizonte, veja as cores que faltam para transformar o seu dia:
o azul do céu, que remete a paz, o esverdeado do mar, que lembra esperança, a espuma das ondas que quebram na praia, que lembram a força que precisamos ter, para ser o que desejamos ser,
para ter, o que queremos ter.

Não desanime!
Nunca pare de lutar!
O dia se abre em oportunidades para os que sabem olhar, para os que impossibilitados de andar, se arrastam, para os que não enxergam, tateiem o mundo, para os que estão sem chão, uma oração,
o alívio que vem do mais alto, chega direto ao coração.
É tempo de vencer barreiras, sentir que tudo é novo, até o que é velho, ultrapassado, pode ser renovado.
Só depende de você, sinta-se pronto e muito amado.
Acredite, o seu tempo de vencer, chegou!

Paulo Roberto Gaefke

VOCABULÁRIO DA VIDA...


Do livro “O Homem Que Veio da Sombra" de Luiz Gonzaga Pinheiro

Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.
Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta.
Amor ao próximo: É quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos.
Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.
Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra parra expressar o que sente e fala com as mâos, colocando o afago em cada dedo.
Ciúme: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.
Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que a tratamos.
Doutrinação: É quando a gente conversa com o Espírito colocando o coração em cada palavra.
Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente estando apressado não reclama.
Evangelho: É um livro que só se lê bem com o coração.
Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.
Fé: É quando a gente diz que vai escalar um Everest e o coração já o considera feito.
Filhos: É quando Deus entrega uma jóia em nossa mão e recomenda cuidá-lá.
Fome: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia.
Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante.
Inveja: É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro.
Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.
Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama.
Mágoa: É um espinho que a gente colocano coração e se esquece de retirar.
Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deverámos ser.
Netos: É quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.
Ódio: É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia.
Orgulho: É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.
Paz: É o prêmio de quem cumpre honestamente o dever.
Perdão: É uma alegria que a gente se dá e que pensava que jamis teria.
Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz.
Pessimismo: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores.
Preguiça: É quando entra vírus na coragem e ela adoece.
Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.
Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar, e estando perto, querer parar o tempo.
Sexo: É quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro.
Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio.
Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.
Solidão: É quando estamos cercados por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.
Supérfluo: É quando a nossa sede precisa de um gole de aguá e a gente pede um rio inteiro.
Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.
Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra, geralmente pior.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

MARKETING OU LENDA...


Nos Estados Unidos, a maioria das residências tem por tradição ter na frente um lindo gramado.
Para este serviço, há diversos jardineiros autônomos que fazem reparos nestes jardins.
Um dia, um Executivo de Marketing de uma grande empresa Americana contratou um desses jardineiros. Chegando a sua casa, o executivo viu que estava contratando um garoto de apenas 13 anos de idade. Claro que o executivo ficou surpreso.
Quando o garoto terminou o serviço, solicitou ao executivo a permissão para utilizar o telefone.
O executivo encantado com a educação do garoto, prontamente atendeu ao pedido e muito curioso com a atitude do garoto, não pôde deixar de escutar a conversa.
O garoto havia ligado para uma senhora e perguntara:
- A senhora está precisando de um jardineiro?
- Não. Eu já tenho um
- respondeu a senhora.
- Mas além de aparar, eu também tiro o lixo.
- Isso o meu jardineiro também faz.
- Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço, disse o garoto.
- Mas isso o meu jardineiro também faz.
- Eu faço a programação de atendimento o mais rápido possível.
- O meu jardineiro também me atende prontamente.
- O meu preço é um dos melhores.
- Não, muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.
Você perdeu um cliente?
- Não, respondeu o garoto. Eu sou o jardineiro dela. Eu apenas estava medindo o quanto ela estava satisfeita com o meu serviço.
A mensagem desta semana é para você que tem metas a cumprir e precisa de muita determinação, paciência e tolerância para que seus objetivos sejam alcançados.
Desejo que suas atitudes possam ser o Marketing da sua vida e não apenas uma Lenda do Marketing.
Pense nisso...
Desconheço a autoria

AS CINCO BOLAS...


Coloco a seguir um texto composto por alguns dos trechos da conferência que Bryan Dyson, ex-presidente da Coca-Cola, deu numa Universidade Americana, onde falava sobre a relação entre o trabalho e os outros compromissos que fazem parte da nossa vida quotidiana.

Imaginem a vida como um jogo, no qual vocês fazem malabarismo com cinco bolas que lançam ao ar. Essas bolas são: o trabalho, a família, a saúde, os amigos e o espírito.

O trabalho é uma bola de borracha. Se cair, bate no chão e pula para cima.
Mas as quatro outras são de vidro. Se caírem no chão, quebrarão e ficarão permanentemente danificados.

Entendam isso e busquem o equilíbrio da vida.

Como?

Não diminuam seu próprio valor, comparando-se a outras pessoas.
Somos todos diferentes. Cada um de nós é um ser especial.
Não fixem seus objectos com base no que os outros acham importante.
Só vocês estão em condições de escolher o que é melhor para vocês próprios.
Dêem valor e respeitem as coisas mais queridas aos seus corações.
Apeguem-se a elas como a própria vida. Sem elas a vida carece de sentido.
Não deixem que a vida escorra entre os dedos por viverem no passado ou no futuro.
Se viverem um dia de cada vez, viverão todos os dias de suas vidas.
Não desistam quando ainda são capazes de um esforço a mais.
Nada termina até o momento em que se deixa de tentar.
Não temam admitir que não são perfeitos. Não temam enfrentar riscos.
É correndo riscos que aprendemos a ser valentes.
Não excluam o amor de suas vidas dizendo que não se pode encontrá-lo.
A melhor forma de receber amor é dá-lo.
A forma mais rápida de ficar sem amor é apegar-se demasiado a si próprio.
A melhor forma de manter o amor é dar-lhe asas.
Não corram tanto pela vida a ponto de esquecerem onde estiveram e para onde vão.
Não tenham medo de aprender. O conhecimento é leve. É um tesouro que se carrega facilmente. Não usem imprudentemente o tempo ou as palavras. Não se podem recuperar.
A vida não é uma corrida, mas sim uma viagem que deve ser desfrutada a cada passo.

Lembrem-se:
Ontem é história
Amanhã é mistério
Hoje é uma dádiva.
Por isso se chama “presente”.

VOCÊ É RESPONSAVEL...


Você foge do amor quando:
- não se valoriza o suficiente e vive reclamando de carência,
- não aceita um rompimento e vive sonhando com a volta,
- não sai de casa e se entrega a reclamação,
- não acredita que tudo pode ser melhor com outra pessoa,
- não distribui o seu amor em forma de solidariedade,
- acredita que paixão é amor,
- acredita que amor eterno é aquele durou 3 meses...

Você foge da felicidade quando:
- Acredita que ser feliz é apenas para "os outros",
- acredita que só falta uma coisa para ser feliz,
- não experimenta novos caminhos,
- não troca velhos hábitos nocivos,
- aceita opiniões que te colocam para baixo,
- não acredita na sorte na sua porta,
- não se olha no espelho com alegria,
- não se valoriza...

Você foge da Vitória:
- quando teima em fazer tudo igual,
- quando tem medo de inovar,
- quando não valoriza seus dons,
- quando pensa, fala mas não faz,
- quando começa algo e não conclui,
- quando na primeira dificuldade, desiste,
- quando quer encontrar um culpado para a derrota,
- quando perde tempo com o erro,
- quando não reconhece o valor de alguém que merece,
- quando se menospreza...

Você vence:
- quando acredita nas infinitas possibilidades que existem em você.
- está sempre pronto para recomeçar,
- quando tem certeza do que deseja,
- quando descobre que Deus é com você, sempre.
Assim, a vitória, a felicidade e o amor, andam de mãos dadas com você, por onde você for, em que tempo for.
Porque acima de qualquer problema, na sua vida, está Deus, e Deus é Amor.

Paulo Roberto Gaefke

terça-feira, 13 de abril de 2010

MEUS SECRETOS AMIGOS...


Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

Paulo Sant'Ana

A VERDADE SOBRE ROMEU E JULIETA


Sabem porque Romeu e Julieta são ícones do amor? São falados e lembrados, atravessaram os séculos incólumes no tempo, se instalando no mundo de hoje como casal modelo de amor eterno?

Porque morreram e não tiveram tempo de passar pelas adversidades que os relacionamentos estão sujeitos pela vida afora. Senão provavelmente Romeu estaria hoje com a Manoela e Julieta com o Ricardão.

Romeu nunca traiu a Julieta numa balada com uma loira linda e siliconada motivado pelo impulso do álcool.

Julieta nunca ficou 5 horas seguidas esperando Romeu ,fumando um cigarro atrás do outro, ligando incessantemente para o celular dele que estava desligado.

Romeu não disse para Julieta que a amava, que ela especial e depois sumiu por semanas. Julieta não teve a oportunidade de mostrar para ele o quanto ficava insuportável na TPM.

Romeu não saia sexta feira a noite para jogar futebol com os amigos e só voltava as 6:00 da manhã bêbado e com um sutiã perdido no meio da jaqueta (que não era da Julieta). Julieta não teve filhos, engordou, ficou cheia de estrias e celulite e histérica com muita coisa para fazer.

Romeu não disse para Julieta que precisava de um tempo, que estava confuso, querendo na verdade curtir a vida e que ainda era muito novo para se envolver definitivamente com alguém. Julieta não tinha um ex-namorado em quem ela sempre pensava ficando por horas distante, deixando Romeu com a pulga atrás da orelha.

Romeu nunca deixou de mandar flores para Julieta no dia dos namorados alegando estar sem dinheiro. Julieta nunca tomou um porre fenomenal e num momento de descontrole bateu na cara do Romeu no meio de um bar lotado.

Romeu nunca duvidou da virgindade da Julieta. Julieta nunca ficou com o melhor amigo de Romeu.
Romeu nunca foi numa despedida de solteiro com os amigos num prostíbulo.
Julieta nunca teve uma crise de ciúme achando que Romeu estava dando mole para uma amiga dela.

Romeu nunca disse para Julieta que na verdade só queria sexo e não um relacionamento sério, ela deve ter confundido as coisas. Julieta nunca cortou dois dedos de cabelo e depois teve uma crise porque Romeu não percebeu a mudança.

Romeu não tinha uma ex- mulher que infernizava a vida da Julieta.

Julieta nunca disse que estava com dor de cabeça e virou para o lado e dormiu.

Romeu nunca chegou para buscar a Julieta com uma camisa xadrez horrível de manga curta e um sapato para lá de ultrapassado, deixando- a sem saber onde enfiar a cara de vergonha...

Por essas e por outras que eles morreram se amando...

Francine Bittencourt de Oliveira

BEIJO NA BOCA...


Uma vez a atriz e cineasta Carla Camuratti declarou, numa entrevista, que um bom beijo é melhor do que uma transa insossa. Quando a escutei dizendo isso, pensei: "então não sou só eu". Estou com Carla: o beijo é a parte mais importante da relação física entre duas pessoas, e se ele não funcionar, pode desistir do resto.

Todo mundo sonha com aquele beijo made in Hollywood, que tira o fôlego e dá início a um romance incandescente. Pena que nem sempre isso aconteça na vida real. O primeiro beijo entre um casal costuma ser suave, investigativo, decente. Aos pouquinhos, no entanto, acende-se a labareda e as bocas dizem a que vieram. Existe um prazo para isso acontecer: entre cinco minutos depois do primeiro roçar de lábios até, no máximo, cinco dias. Neste espaço de tempo, ainda compreende-se que os beijos sejam vacilantes: tratam-se de duas pessoas criando um vínculo e testando suas reações. Mas se a decência persistir, não espere ver estrelinhas na etapa seguinte. A química não aconteceu.

Beijo é maravilhoso porque você interage com o corpo do outro sem deixar vestígios, é um mergulho no escuro, uma viagem sem volta. Beijo é uma maneira de compartilhar intimidades, de sentir o sabor de quem se gosta, de dizer mil coisas em silêncio. Beijo é gostoso porque não cansa, não engravida, não transmite o HIV. Beijo é prático porque não precisa tirar a roupa, não precisa sair da festa, não precisa ligar no dia seguinte. E sem essa de que beijo é insalubre porque troca-se até 9 miligramas de água, 0,7 grama de albumia, 0,18 de substâncias orgânicas, 0,711 miligrama de matérias gordurosas e 0,45 miligrama de sais, sem contar os vírus e as bactérias. Quem está preocupado com isso? Insalubre é não amar.

Martha Medeiros

sábado, 10 de abril de 2010

VOSSA EXCELÊNCIA...


Nossos parlamentares Não se contentam em serem tratados Por bom ".
Tem de Ser "excelentíssimos" ...

Havendo OS tornado conhecida deuses A SUA DECISÃO Através da Voz do Povo - "Vox populi, vox Dei" -, permito-me sugerir Uma Pequena Contribuição para o saneamento de Políticas Nossas Práticas.
E Vou fazê-lo Baseando-me NUMA Experiência Que tiva QUANDO Representante dos professores Titulares nenhum conselho Diretor da Unicamp.

Caipira, sem Estar familiarizado com a Tag do Mundo acadêmico, assombrou-me o USO Que Fazia se da Palavra "Magnífico", MAGNÍFICA Palavra Que eu Emprego n me referir a Um pôr-do-sol, à floresta amazônica, à Nona Sinfonia.

Nenhum conselho Diretor, entretanto, Usava-se ESSA Palavra MAGNÍFICA n se referir reitor AO: "Magnífico reitor", "Vossa magnificência". Que me causava espanto era o Fato de Que Ninguém julgava Que estranho, Pelo USO Dessa Palavra, se colocasse o reitor Junto Ao Por-do-sol, à Floresta Amazônica e à Nona Sinfonia.

Aí puseram NA Minha cabeça Que eu me candidatar Deverià AO carga de reitor.
Por ALGUNS dias brinquei com uma Idéia.
Mas logo percebi Que Não Daria Certo.
Mas Durante Meu Período de insanidade Escrevi A primeira portaria baixaria eu que: "Nenhum dos USO Meus Poderes de reitor decreto Que ESTÁ Vedado o Uso de Magnífico" e "Vossa magnificência" No tratamento AO reitor ".

Minhas Razões simples ERAM.
Se usasse um professor do UM Palavra Magnífico "Relação em" a Mim, reitor, haveria POSSIBILIDADES Somente Duas.
Primeira Possibilidade: o professor assim o fizesse Que Realmente acreditava NA Minha magnificência. Prova cabal O Que Seria de SUA debilidade mental. Deveria Ser demitido.
Segunda Possibilidade: Estaria o professor Usando a Palavra Dita Acreditar sem nd Minha magnificência.
Nesse Caso um elemento Estaria Usando Por gozação, o Que É inadmissível. Teria de Ser demitido Por atentado AO pudor acadêmico.

São palavras como Perigosas.
De Tantas Vezes repetidas acabamos Por Acreditar nelas.
Veja o caso do Congresso: OS congressistas Usam A expressão "Vossa Excelência" para se dirigirem uns Outros EAo.
Um Homem dirigiu-se um Jesus Chamando-o de bom ". Ele respondeu: "Por que me bom Chamas? Bom Então por isso um, Que É Deus".
Pois Nossos parlamentares Não se contentam em serem tratados POR "Nem Por muito bom bom" "por Nem excelente".
Tem de Ser "excelentíssimos" ...

Dada ocupam uma POSIÇÃO da Gravidade Que Não me Passa Pela cabeça Que hum deles qualquer uso ESSA Palavra Por gozação.
Eels de dez Acreditar Na Sua Excelência Própria e nd Excelência dos Outros.

Meditando Sobre essa Expressão compreendi A razão Por que OS Deputados acusados de Corrupção Foram absolvidos Por Colegas SEUS.
Se eu Acredito Que É Meu Colega Deputado e trato o excelentíssimo Assim, como poderei condena-lo Por Corrupção?
Se eu o condenar Que estarei confessando, AO USAR A expressão "Vossa Excelência", eu estava mentindo.
Um excelentíssimo "jamais É corrupto.

Proponho, então, por quê Motivos pudor e de Deputados e Senadores modestia OS Sejam Proibidos de USAR A expressão "Vossa Excelência" Ao se referir Colegas EAo SEUS.
Bastar Deve-lhes, Como Representantes do povo, tratados Ser Como o povo É tratado.
Sei Que Terei Pelo Menos UM Deputado Que apoiará Minha PROPOSTA: o Clodovil.
Ele jamais aceitaria Ser tratado por "Vossa Excelência".
Para ele tera o Tratamento de Ser "Vossa belezura".

Rubem Alves (Folha de São Paulo - 31/10/06)

A PARÁBOLA DOS TALENTOS...


Havia hum rico Muito Homem, possuidor de vastas Propriedades, Que era Apaixonado Por jardins. Os jardins ocupavam o Seu pensamento todo o tempo e Ele repetia sem cessar: "O Mundo Inteiro Ainda Deverra se Transformar Num jardim. O Mundo Inteiro Deverra Ser belo, perfumado e pacífico. O Mundo Inteiro Ainda se transformará Num Lugar de Felicidade". Em suas terras ERAM Uma sucessão sem fim de jardins, jardins japoneses, ingleses, italianos, jardins de Ervas, Franceses. UM DOS era trabalhão jardins Cuidar. Valia Mas uma alegria Pela pena. O verde das folhas, o colorido das flores, como Variadas simetrias das plantas, Pássaros OS, como borboletas, perfume OS insetos, como fontes, como frutas, o ...
Sozinho Ele Não daria Conta. Por isso anunciou Que Precisava de jardineiros. Para muitos empregados foram e se apresentaram. Aconteceu Fazer Precisou Que Ele Uma Viagem longa. Iria uma terra longínqua Uma Comprar Mais terras n plantar jardins MAIS. Assim, dos Três Chamou jardineiros Que contratara, Paulo, Hermógenes e Boanerges e lhes Disse: "Vou Viajar. Longe tempo Ficarei muito. Quero E vocês cuidem de Três Jardins dos Meus Outros. Ss, ja providenciei Quem Cuide deles. A VOCÊ, Paulo , eu Entrego o Cuidado do Jardim Japonês. Cuide Bem das Cerejeiras, Que veja como carpas estejam alimentadas Bem Semper ... A VOCÊ, Hermógenes, Entrego o Cuidado do Jardim inglêsI, COM A SUA Toda exuberância de flores Pelas rochas ... E um VOCÊ, Boanerges, Entrego o Cuidado do jardim mineiro, com Romãs, hortelãs e jasmins. " Ditas essas palavras Ele partiu. O Paulo Ficou Muito feliz e pos-se um Cuidar do Jardim Japonês. O Hermógenes Ficou Muito feliz e pos-se um Cuidar do jardim inglêsI. Mas o Boanerges Jardineiro era não. Mentira Ao se oferecer Para o Emprego. Disse Ele QUANDO VIU o jardim mineiro ele: "Cuidar de jardins Não É comigo. E trabalho demais ..." Trancou então o jardim com hum cadeado abandonou igualdade de oportunidades. Passados Para muitos dias voltou o Senhor dos Jardins, ansioso ver por OS SEUS jardins. O Paulo, feliz, Jardim Japonês mostrou-LHE o, Que estava Muito Mais do Que bonito QUANDO o recebera. O Senhor dos Jardins Ficou Muito feliz e sorriu. Veio o Hermógenes e LHE Mostrou o inglêsI jardim, exuberante de flores e cores. Ó Senhor dos Jardins Ficou Muito feliz e sorriu. Aí Foi uma Vez Boanerges fazer. E Não havia Formas de enganar.
"Ah, Senhor! Preciso confessar: Não sou Jardineiro. Os jardins Dão-me medo. Tenho medo das plantas, dos espinhos, das taturanas, das aranhas. Minhas Mãos São delicadas. Não São PRÓPRIAS COM mexer Para a terra, Essa Coisa Suja. sem fim .. Mas o Que me assusta Mesmo É O fato das plantas estarem semper se Transformando: crescem, fluorescentes, perdem como folhas. Cuidar delas e Uma trabalheira. Se não estivesse Poder meu, como Todas Plantas e Flores Seriam de plástico. E Seria uma terra com cimento Coberta, pedras e cerâmica, parágrafo evitar uma sujeira. Como pedras me Dão tranquilidade. Elas não se mexem. Ficam colocadas Onde São Paulo. Como É Fácil lava-las com esguicho e vassoura! Assim, eu Não cuidei do jardim . Mas o tranquei com cadeado hum, para quê OS traficantes e vagabundos OS Não o invadissem. " ESTAS E com palavras entregou AO Senhor dos Jardins uma chave do cadeado. O Senhor dos Jardins Ficou Muito triste e Disse: "Esse jardim ESTÁ perdido. Deverra Ser todo refeito. Paulo, Hermógenes: vocês Vão Ficar encarregados de Cuidar Desse jardim. Tinha Quem Já Jardins Mais jardins com Ficara. E, Quanto a VOCÊ, Boanerges , Respeito o Seu desejo. Voce Não Gosta de jardins. Vai Ficar sem jardins. Voce Gosta de pedras. Pois, em diante de hoje, VOCÊ ira quebrar pedras NA Minha pedreira ... "

Desconheço um Autoria

A GENTE É VELHO...


A gente é velho quando, para descer uma escada, segura firme no corrimão. E os olhos olham para baixo para medir o tamanho dos degraus e a posição dos pés.
Quando eu era moço, não era assim. Não segurava no corrimão e não media degraus e pés. Descia os dois lances de escada do sobrado do meu avô com a mesma fúria com que um pianista toca o prelúdio 16, de Chopin. Ele, pianista, não pensa. Se pensasse, não conseguiria tocar, porque o pensamento não consegue seguir a velocidade das notas. Toca porque seus dedos sabem sem que a cabeça saiba. O pianista se abandona ao saber do corpo. Assim descia eu as escadas do sobradão do meu avô. Mas no dia em que o pé começou a tropeçar, a cabeça compreendeu que eles, os pés, já não sabiam como sabiam antes. Agora é preciso o corrimão. Depois virão as bengalas, corrimões portáteis que se leva por onde se vai.
A gente é velho quando, no restaurante, é preciso cuidado ao se levantar. Moço, as pernas sabem medir as distâncias que há debaixo da mesa. Mas, agora, é preciso olhar para medir a distância que há entre o pé da mesa e o bico do sapato. Há sempre o perigo de que o bico do sapato esbarre no pé da mesa e o pé da mesa lhe dê uma rasteira, você se estatelando no chão. Quando se é velho, até uma pequena queda pode se transformar em catástrofe. Há sempre o perigo de uma fratura.
A gente é velho quando é objeto de humilhações bondosas. Como aquela que aconteceu comigo 25 anos atrás. O metrô estava cheio. Jovem, segurei-me num balaustre. Notei então que uma jovem de uns 25 anos me olhava com um olhar amoroso. Olhei para ela. E houve um momento de suspensão romântica. Minha cabeça e meu coração se alegraram. Até o momento em que ela se levantou com um sorriso e me ofereceu o seu lugar. Foi um gesto de bondade. Com o seu gesto ela me dizia: "O senhor me trás memórias ternas do meu avô..."
A gente é velho quando entra no box do chuveiro com passos medrosos e cuidadosos. Há sempre o perigo de um escorregão. Por via das dúvidas, mandei instalar no box da minha casa uma daquelas barras metálicas horizontais que funcionam como corrimão.
A gente é velho quando começa a ter medo dos tapetes. Os tapetes são perigosos de duas maneiras. Há os pequenos tapetes de fundo liso, que escorregam. E há os grandes tapetes que ficam com as pontas levantadas e que fazem ondas. O pé dos velhos movimenta-se no arrasto e tropeça na ponta levantada do tapete ou na armadilha da onda
A gente é velho quando começa a ter medo dos fotógrafos. Fugir das fotos de perfil porque nelas as barbelas de nelore aparecem. Nelore é um boi branco. Os pastos estão cheios deles, vivos, e as mesas também, sob o disfarce de bifes. E eles têm uma papada balançante, as barbelas, que vai da ponta do queixo (boi tem queixo?) até o peito. Velhice é quando as barbelas de nelore começam a aparecer. Aí vem a humilhação conclusiva. Prontas as fotos, eles nos mostram e dizem: "Como você está bem!"
A gente é velho quando, tendo de subir ao palco para dar uma palestra, tem sempre uma jovem simpática que nos oferece a mão, temendo que a gente se desequilibre e caia. A gente aceita o oferecimento com um sorriso. Nunca se sabe...
A gente é velho quando perde a vergonha e se desnuda fazendo as confissões que acabei de fazer...

Rubem Alves

AS ESTRELAS BRILHAM, OS HOMENS SOFREM...


Retornamos estrelas eternas como fazem Céu e EAo efêmeros jardins da Terra ... Os n Que Olham como estrelas Possuir Dizem a verdade. Mas OS OS Que Olham jardins n sabem Que Tudo O Que É Provisório sabem.
Os Olhos da Igreja Católica jardins veem não; tão veem como estrelas. E e do Pará como Seu Olhar estrelas Imóveis Que ELA deseja um governador Terra. Já os jardineiros sabem Que HÁ Para muitos jardins Diferentes, softwares antigos deles Verdadeiro é, Mas Todos Belos São ...
Todos OS Possuir pretendem Que uma Verdade Estão os Condenados uma inquisidores serem. Para Explicar Esse Vou transcrever UM Ponto Pequeno trecho do filósofo Polonês Leszek Kolakowski TEM Que o Título "Em louvor à inconsistência".
"Falo de consistência em hum sentido apenas, Limitado à correspondência Entre o Comportamento EO pensamento. Assim, considero Como consistente Homem Que hum, hum possuindo Certo numero de conceitos gerais e absolutos, esforça-se honestamente em Tudo o Que faz, como em Todas Em suas opiniões Sobre o Que DEVE Ser Feito, n º manter-se nd Maior concordância com aqueles Possível Conceitos. Por qualquer Pessoa Que Deveria, inflexivelmente convencida da Verdade Exclusiva DOS SEUS Conceitos Relativos à Todas qualquer EA Pronta Questões como estar, uma Idéias opostas tolerar? Bem Que ELA PoDE Esperar de Uma Situação em CADA UM Que É livre parágrafo expressar opiniões que, segundo Seu Julgamento, São patentemente falsas e portanto prejudiciais à Sociedade? Por que ELA Direito Deveria abster-se de quaisquer USAR Meios par atingir o Alvo Que julga Correto? Em outras palavras: consistência total equivale Prática nd, AO fanatismo, enquanto uma inconsistência É uma Fonte da Tolerância ... "
O Papa Bento XVI acredita Que Deus revelou à Igreja Católica e Somente uma ELA A Verdade total das estrelas. Segue-se, lógica Necessidade POR, SO Que Todos Homens, indivíduos Igrejas UO, idéias Tem que Diferentes das SUAS, Estão os Privados da Verdade. O Que torna sem sentido OS Esforços ecumênicos de Aproximação Entre as Igrejas. O Ecumenismo É Baseado nd de crença Que Deus, supremo Jardineiro, planta Para muitos jardins Diferentes ... Mas Olha Quem parágrafo forma estrelas PoDE Não se deleitar nd Variedade dos jardins. A Igreja Católica, mãe e mestra de Todos, nada TEM um aprender.
Segue-se uma ética CONCLUSÃO: Homens competir EAo encarnar na Terra uma Verdade eterna das estrelas. Aquilo Que Ser Feito DEVE Não É Decidido Pela análise da Situação Qual o Comportamento Bem Maior Que traria o AO Maior Numero de Pessoas, Mas Pela imitação da perfeição divina.
A Igreja dez Experiência um horror. Experiência e conhecimento Que Cresce Como da terra como plantas. E ela Contesta A Verdade das estrelas. Roger Bacon, precursor da ciência moderna, POR Haver afirmado Que o Conhecimento Experiência Pela VEM, amargou Prisão nd 15 anos. E uma Luneta de Galileu Quase o Levou à fogueira ...
Assim, como Difíceis Questões Que Coloca uma Experiência moderna, a AIDS, a camisinha, o aborto, o Divórcio, a inseminação artificial, o Uso de células-tronco, um ortotanasia, Como se existissem não. Indiferentes AO Sofrimento dos Homens, como estrelas decretam: é abortar Cérebro UM Pecado sem feto, A despeito da inutilidade da gravidez e do Sofrimento dos pais ... Como estrelas brilham sem Céu. Para os homens sofrem na Terra.

Rubem Alves

sexta-feira, 9 de abril de 2010

SAÚDE MENTAL...


Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto. E eu também pensei. Tanto que aceitei. Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia. Eu me explico.

Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei. Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se. Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakoviski suicidou-se.

Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos. Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, bastar fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou.

Pensar é uma coisa muito perigosa... Não, saúde mental elas não tinham. Eram lúcidas demais para isso. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental. Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvi falar de político que tivesse estresse ou depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas. Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos.

Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente "equipamento duro", e a outra denomina-se software, "equipamento macio". O hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades " espirituais"-símbolos que formam os programas e são gravados nos disquetes. Nós também temos um hardware e um software. O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo "espirituais", sendo que o programa mais importante é a linguagem.

Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software. Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam. Não se conserta um programa com chave de fenda. Porque o software é feito de símbolos, somente símbolos podem entrar dentro dele. Assim, para se lidar com o software há que se fazer uso dos símbolos. Por isso, quem trata das perturbações do software humano nunca se vale de recursos físicos para tal. Suas ferramentas são palavras, e eles podem ser poetas, humoristas, palhaços, escritores, gurus, amigos e até mesmo psicanalistas. Acontece, entretanto, que esse computador que é o corpo humano tem uma peculiaridade que o diferencia dos outros: o seu hardware, o corpo,é sensível às coisas que o seu software produz.

Pois não é isso que acontece conosco? Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção! Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio: a música que saia de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou. Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, saúde mental até o fim dos seus dias. Opte por um software modesto.

Evite as coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música. Brahms e Mahler são especialmente contra-indicados. Já o rock pode ser tomado à vontade. Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago? Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato. Seguindo essa receita você terá uma vida tranqüila, embora banal. Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram.

Rubem Alves