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quinta-feira, 11 de março de 2010

DAS AFLIÇÕES...


Há dores que não encontram sinônimos.
Não existem palavras que possam amenizá-las.
Há situações em que o silêncio é a única opção, é pausa para uma reflexão, ainda que muda, tardia,
é noite que não termina, é ausência do dia.

Inútil o pranto, inútil o canto, apenas um olhar de espanto...

Que do dia se faça música, pois a noite vem, e enquanto pode, embala o filho querido, ame o seu pai, ainda que incompreendido, a sua mãe, ainda que cheia de falhas, o irmão que se deu como rebelde, ainda que cheio de dificuldades, com dissabor, pois tudo é ausência do amor.

Se ainda não encontrou aquela pessoa especial, segue amando a todos sem distinção, não se entregue a futilidade da lamentação, antes, alimente a alma, enriqueça o coração, seja o que pode levar uma palavra de consolo, o que atende, o que espera, o que aguarda.
O que ainda que ferido, não fere, pois em tudo se compadece.

Ainda que a dor venha te visitar, que te deixe mudo, sem ar, ainda assim, olhe para o horizonte, lá estão dois olhos a espreitar, sondam a sua alma, vem confortar, é Deus em infinita misericórdia, esperando o seu recomeçar.

Ainda que o dia pareça um fardo pesado, é um presente que só se revela a cada passo dado.
É caminho sem volta para aternidade, chave da felicidade.
Nunca deixe de lutar!

Paulo Roberto Gaefke

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